domingo, 29 de abril de 2012

Jornalismo, talvez, seja isso

Jornalista trabalha e muito. Algumas vezes, em até três meios de comunicação simultaneamente. Trabalha em finais de semana, feriados, aniversário da mãe, esposa, filhos. Lida com pessoas todos os dias. Todos os tipos delas. Sério. Lidar com os parentes talvez é a parte mais chata. Ouvir um "aah vai trabalhar na Globo e ser famoso" ou "vou ter um parente famoso..." Ouvir isso não é fácil. Mas e quem disse que nos importamos com isso?
Ser jornalista está muito além disso. Está em conhecer pessoas. De todos os tipos. Pessoas importantes para a comunidade, para a sociedade. Importantes para a família que sobrevive do "salário" que o pai humilde ganha e mantém a família de sei lá quantos filhos unida. Quando se emociona ao cobrir uma tragédia e descobrir que ainda tem pessoas de boa índole, que mesmo perdendo o que tem, ainda acha força para ajudar os outros. Ou quando consegue uma exclusiva de algum politico e que causa repercussão. Quando acha uma pauta pequena e faz uma bela reportagem literária. Brilhar o olho quando lembra, que ainda na faculdade, fez um documentário e dos bons. Que andou em um caminhão de lixo pra fazer algumas imagens.
Ser jornalista, é ser louco.
Tomar café todo santo dia. Cada dia um pouco mais forte.
 É ser especialista em generalizar, mas não sempre. Porque generalizar sempre é um erro. É participar de manifestações e ainda conseguir um espaço no jornal. Viva o jornalismo gonzo! É se arrepiar ao lembrar da primeira matéria boa.
Ser jornalista é lidar com a verdade, ou com as verdades. Com os vários pontos de vista. Analisar tudo. Não deixar nada passar em branco. E achar que tudo pode ser uma pauta, ou no minimo, uma nota de um paragrafo.
Ser jornalista é discutir tudo com o amigo também, claro, jornalista.

Ser jornalista. É o que eu quero. É o que eu vou ser. É o que eu sou!

sábado, 28 de abril de 2012

Cuidado, alto três!


"Esquerda 5 com 100; esquerda 5 corta no alto com 50; direita 2 + + corta que abre 5 com 50; esquerda 1 no cruzamento; direita 4 corta com 100; esquerda 5 junto alto 4 com 30; esquerda 3 com 50; esquerda 4 corta com 100; direita 5 no mato [...]"

Quem não sabe do que estou falando =pode achar isso uma maluquice. E realmente é. Dirigir um carro, acima dos 100 Km/h em uma estrada de chão, com uma pessoa ao teu "cantando" todas as curvas e suas peculiaridades não é pra pessoas normais. Tanto piloto, navegador, e claro, a plateia. 
Imagine só: acordar de madrugada, passar frio, ficar pelo menos duas horas sem fazer absolutamente nada. Se não levar cadeira ou banquinho, ficar em pé. E quando começa, o carro passa por você em questão de segundos. O próximo só vai passar em alguns minutos, enquanto isso, se tiver sol, você pode apreciar uma boa poeira. Ou se molhar, se embarrar com o barro jogado pelo carro e passar mais um pouco de frio.

Às vezes, me pergunto se vale a pena tudo isso. Ao final do domingo, só penso em um banho e em dormir. É quando me lembro da experiência que já tive. De passar tudo isso. Chegar em casa, louco pra contar pra todo mundo o que passei e do cansaço que estou sentindo (mais provavelmente não estaria sentindo nada. Pernas e pés costumam ficar amortecidos). Lembrar que você viu, a poucos metros de distância, um carro passar a cerca de 130, 140 km/h e saltar 35 metros. Bem ali. Na tua frente. 

Não sei bem o que acontece. Acho que paro de respirar enquanto o carro está na minha frente. No alto, voando. Ah, o coração também deve parar, mas logo depois acelera como nunca. Adrenalina, muita!

"O público de Erechim é apaixonado pelo rally, vamos pra lá fazer o nosso melhor e dar o show que o público merece." Afirmativa de Felipe Araujo Costa, navegador junto com o piloto Luccas Garcia Arnone Jorge, que este ano vão estrear juntos em Erechim. Mas falando em público, lá o pessoal é apaixonado mesmo por rally. Durante os dias em que acontece as especiais, o público total chega a marca de 40 mil pessoas. 

Paixão, estilo de vida, loucura, adrenalina. É acordar às seis horas da manhã, para ver o primeiro carro passar na tua frente, à 140 km/h, saltando 35 metros de distância. Isso, é rally.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Falar ajuda

  Algumas coisas vêm acontecendo, ou melhor, não vem acontecendo em minha vida. Deixei de ser "o cara" na minha sala e já estou sendo colocado como mais um, e não sou assim. Sei o que está acontecendo, talvez o que falte é admitir isso. Não vou voltar a ser o Vinicius Alexandre Farfus que era ano passado. Também não mudei, e é exatamente aí que mora o problema... Não mudei, não evolui, não cresci desde a Efapi 2011. E isso é muito tempo sim, quando você está dentro de uma universidade de jornalismo.
   Sei que sinto falta de ter alguém junto comigo, especificamente uma namorada ou algo assim. Não perdi meus amigos, pelo contrário. Sei que estarão aí quando eu precisar - e vou precisar (provavelmente logo... tá, já estou precisando, amigos sempre são bem vindos!) - e que posso contar com eles, mas nem sempre só ouvir basta. Claro que ajuda, falar sempre ajuda, tenho essa máxima para mim pelo menos. Se não... Por que as pessoas iriam a um psicólogo para falar de seus problemas?
   Preciso voltar a ocupar as minhas tardes vazias. Produzir como produzi ano passado, em meados de agosto e setembro, e parar de querer achar alguém em algum lugar para namorar ou ter algo mais sério. Curtir a vida? Já faço isso. Não saio todo final de semana, mas me divirto, sim. Preciso voltar... Não, preciso ser “o cara”, de novo. E dessa vez sem aspas.